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Quando Kevin Mitnick mente?
Considerado por alguns como um hacker tecnicamente habilidoso, Mitnick tem feito um grande esforço para tirar proveito dessa fama. Até porque ela o levou à cadeia por anos, a maior parte deles sem que ao menos tivesse sido julgado, tanto era o receio das autoridades de deixá-lo em liberdade.
Outros, porém, identificam em Mitnick uma única habilidade: a de fazer com que as pessoas acreditem nele ou façam o que ele deseja, ou as duas coisas, técnica conhecida como "engenharia social". Uma das características dessa sua capacidade é tentar se manter em evidência e tirar o máximo proveito de qualquer situação, inclusive das adversas. Como ocorreu com sua própria prisão e com a invasão, após ser colocado em liberdade, do site da empresa que ele mesmo criou.
Outra técnica muito bem explorada é a de, regularmente, dar declarações polêmicas, pois isso proporciona propaganda grátis nos meios de comunicação e aviva sua imagem na lembrança das pessoas.
Imagina-se razoável uma pessoa falar sobre temas que conhece e dos quais seja tido como estudioso. Claro que, em alguns casos e em algumas áreas do conhecimento humano, isso nem sempre é verdade. Porém, tem sido prática comum pessoas conhecidas serem chamadas para responder a questões sobre as quais não têm conhecimento suficiente, mas, por várias razões, apesar de sua inabilidade, não se abstêm de se pronunciar. Isso não é necessariamente um problema quando o tema permite emitir opiniões pessoais, mas, quando o assunto é técnico, os especialistas na área de conhecimento em questão certamente perceberão uma ausência de embasamento.
É o caso de uma recente declaração de Mitnick, feita de maneira a provocar polêmica sem, no entanto, ser radical. Ele afirmou que programas com códigos-fonte disponíveis são mais fáceis de serem comprometidos, por conta, exatamente, da facilidade de se conhecer como suas instrucões foram programadas.
Não cabe aqui aprofundar esse assunto, visto que o próprio Mitnick sabe que o tema já foi exaustivamente debatido, mas o fato de o código-fonte estar disponível não deve ser considerado o único elemento para identificar o nível de segurança de um programa. Da maneira como foi dito, tem a exata medida da polêmica, mas também da defesa, já que ele também afirmou que há vantagens na disponibilidade do código-fonte e que existem formas de identificar vulnerabilidades até em códigos fechados.
O que talvez mereça algumas linhas é a dimensão que afirmações tomam pelo simples fato de terem sido ditas por pessoas conhecidas. E, nesse caso, especificamente, por uma pessoa que escreve sobre as artimanhas (e as assume) que usou (?) para alcançar seus objetivos. Podemos citar a história clássica do "menino que gritava lobo", na qual o garoto ficou desacreditado por inventar a chegada do animal por diversas vezes, até que, um dia, realmente surgiu um lobo, mas ninguém se prontificou a ajudá-lo, por conta das mentiras passadas.
Por que alguém que, no passado, “gritou lobo” tantas vezes continua com crédito para permanecer “gritando” e movimentando discussões em torno da chegada de um possível “lobo”?
Não se trata, evidentemente, de negar a uma pessoa a oportunidade de recuperar sua credibilidade e voltar a ter convívio social, mas é compreensível que haja uma certa reserva em aceitar como verdade as declarações de alguém que passou (?) grande parte de sua vida enganando pessoas.
Moral da história: O menino que gritava lobo teria muito a aprender com Mitnick.
Fonte:InfoGuerra
Outros, porém, identificam em Mitnick uma única habilidade: a de fazer com que as pessoas acreditem nele ou façam o que ele deseja, ou as duas coisas, técnica conhecida como "engenharia social". Uma das características dessa sua capacidade é tentar se manter em evidência e tirar o máximo proveito de qualquer situação, inclusive das adversas. Como ocorreu com sua própria prisão e com a invasão, após ser colocado em liberdade, do site da empresa que ele mesmo criou.
Outra técnica muito bem explorada é a de, regularmente, dar declarações polêmicas, pois isso proporciona propaganda grátis nos meios de comunicação e aviva sua imagem na lembrança das pessoas.
Imagina-se razoável uma pessoa falar sobre temas que conhece e dos quais seja tido como estudioso. Claro que, em alguns casos e em algumas áreas do conhecimento humano, isso nem sempre é verdade. Porém, tem sido prática comum pessoas conhecidas serem chamadas para responder a questões sobre as quais não têm conhecimento suficiente, mas, por várias razões, apesar de sua inabilidade, não se abstêm de se pronunciar. Isso não é necessariamente um problema quando o tema permite emitir opiniões pessoais, mas, quando o assunto é técnico, os especialistas na área de conhecimento em questão certamente perceberão uma ausência de embasamento.
É o caso de uma recente declaração de Mitnick, feita de maneira a provocar polêmica sem, no entanto, ser radical. Ele afirmou que programas com códigos-fonte disponíveis são mais fáceis de serem comprometidos, por conta, exatamente, da facilidade de se conhecer como suas instrucões foram programadas.
Não cabe aqui aprofundar esse assunto, visto que o próprio Mitnick sabe que o tema já foi exaustivamente debatido, mas o fato de o código-fonte estar disponível não deve ser considerado o único elemento para identificar o nível de segurança de um programa. Da maneira como foi dito, tem a exata medida da polêmica, mas também da defesa, já que ele também afirmou que há vantagens na disponibilidade do código-fonte e que existem formas de identificar vulnerabilidades até em códigos fechados.
O que talvez mereça algumas linhas é a dimensão que afirmações tomam pelo simples fato de terem sido ditas por pessoas conhecidas. E, nesse caso, especificamente, por uma pessoa que escreve sobre as artimanhas (e as assume) que usou (?) para alcançar seus objetivos. Podemos citar a história clássica do "menino que gritava lobo", na qual o garoto ficou desacreditado por inventar a chegada do animal por diversas vezes, até que, um dia, realmente surgiu um lobo, mas ninguém se prontificou a ajudá-lo, por conta das mentiras passadas.
Por que alguém que, no passado, “gritou lobo” tantas vezes continua com crédito para permanecer “gritando” e movimentando discussões em torno da chegada de um possível “lobo”?
Não se trata, evidentemente, de negar a uma pessoa a oportunidade de recuperar sua credibilidade e voltar a ter convívio social, mas é compreensível que haja uma certa reserva em aceitar como verdade as declarações de alguém que passou (?) grande parte de sua vida enganando pessoas.
Moral da história: O menino que gritava lobo teria muito a aprender com Mitnick.
Fonte:InfoGuerra
URL Fonte: https://totalsecurity.com.br/noticia/1251/visualizar/
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