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Ciberpirata britânico poderá ser extraditado para EUA
O britânico Gary McKinnon, conhecido como "Solo" e considerado o autor do maior ato de ciberpirataria nos computadores do Governo americano, poderá ser extraditado para os Estados Unidos. Assim ordenou hoje o juiz Nicholas Evans, do tribunal de Bow Street, em Londres, mas o ministro do Interior, John Reid, dará o veredicto final.
O britânico, de 40 anos, teria invadido os computadores da Agência Espacial Americana (Nasa), do Exército, da Marinha, do Departamento de Defesa e da Força Aérea dos EUA, entre fevereiro de 2001 e março de 2002. Aparentemente, McKinnon apagou arquivos importantes e copiou um documento com nomes de usuários. Segundo o britânico, seu objetivo era buscar informação secreta sobre a existência de objetos voadores não identificados (Ovnis).
Segundo as autoridades americanas, "Solo" invadiu 97 computadores do Governo dos EUA ilegalmente. Após conhecer o veredicto, a advogada de McKinnon, Karen Todner, ficou decepcionada com a decisão do juiz e garantiu que seu cliente apelará se sua extradição for autorizada.
Em declarações à imprensa, "Solo" lamentou hoje ter invadido os computadores do Governo, mas disse que ficou surpreso com a falta de segurança do sistema. "Minha intenção nunca foi prejudicar a segurança, mas o fato de poder entrar sem digitar uma senha demonstra que não havia segurança", afirmou o ciberpirata, detido na capital britânica em junho do ano passado.
McKinnon teme ser extraditado e enviado à base dos EUA de Guantánamo, em Cuba, como disse sua advogada em uma recente audiência em Bow Street. "Não há provas de que os que estão em Guantánamo sejam terroristas, e eu supostamente ataquei diretamente os militares", acrescentou McKinnon, referindo-se a como seu ato de pirataria foi interpretado nos EUA.
Além disso, seus representantes legais temem que ele seja submetido nos EUA à chamada "ordem militar número um", que pode levar o britânico a ser julgado por uma comissão militar. O juiz rejeitou o argumento de que a extradição viole a Convenção Européia dos Direitos Humanos.
O magistrado negou que a extradição não possa ser realizada devido ao período de tempo que se passou desde que McKinnon invadiu os computadores do Governo. A Administração dos EUA estima que localizar os problemas em seus sistemas para corrigí-los custou cerca de um milhão de dólares.
Apesar de ter admitido que entrou em redes de computadores militares, McKinnon assegurou que só fez isso porque acredita que o Governo de Washington esconde informações sobre Ovnis. "Não foi somente um interesse por homenzinhos verdes e disquinhos voadores. Acho que há equipamentos espaciais, ou pelo menos já houve", disse McKinnon recentemente à "BBC".
Aos 14 anos, "Solo" teve seu primeiro computador e desde então é um apaixonado pela informática. Se for extraditado para os EUA, McKinnon pode enfrentar uma pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 227.650 euros.
Os Estados Unidos não pediam a extradição de ciberpiratas que atacavam redes americanas no exterior. No entanto, o Governo endureceu suas leis contra os crimes na área de informática desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Fonte: EFE
O britânico, de 40 anos, teria invadido os computadores da Agência Espacial Americana (Nasa), do Exército, da Marinha, do Departamento de Defesa e da Força Aérea dos EUA, entre fevereiro de 2001 e março de 2002. Aparentemente, McKinnon apagou arquivos importantes e copiou um documento com nomes de usuários. Segundo o britânico, seu objetivo era buscar informação secreta sobre a existência de objetos voadores não identificados (Ovnis).
Segundo as autoridades americanas, "Solo" invadiu 97 computadores do Governo dos EUA ilegalmente. Após conhecer o veredicto, a advogada de McKinnon, Karen Todner, ficou decepcionada com a decisão do juiz e garantiu que seu cliente apelará se sua extradição for autorizada.
Em declarações à imprensa, "Solo" lamentou hoje ter invadido os computadores do Governo, mas disse que ficou surpreso com a falta de segurança do sistema. "Minha intenção nunca foi prejudicar a segurança, mas o fato de poder entrar sem digitar uma senha demonstra que não havia segurança", afirmou o ciberpirata, detido na capital britânica em junho do ano passado.
McKinnon teme ser extraditado e enviado à base dos EUA de Guantánamo, em Cuba, como disse sua advogada em uma recente audiência em Bow Street. "Não há provas de que os que estão em Guantánamo sejam terroristas, e eu supostamente ataquei diretamente os militares", acrescentou McKinnon, referindo-se a como seu ato de pirataria foi interpretado nos EUA.
Além disso, seus representantes legais temem que ele seja submetido nos EUA à chamada "ordem militar número um", que pode levar o britânico a ser julgado por uma comissão militar. O juiz rejeitou o argumento de que a extradição viole a Convenção Européia dos Direitos Humanos.
O magistrado negou que a extradição não possa ser realizada devido ao período de tempo que se passou desde que McKinnon invadiu os computadores do Governo. A Administração dos EUA estima que localizar os problemas em seus sistemas para corrigí-los custou cerca de um milhão de dólares.
Apesar de ter admitido que entrou em redes de computadores militares, McKinnon assegurou que só fez isso porque acredita que o Governo de Washington esconde informações sobre Ovnis. "Não foi somente um interesse por homenzinhos verdes e disquinhos voadores. Acho que há equipamentos espaciais, ou pelo menos já houve", disse McKinnon recentemente à "BBC".
Aos 14 anos, "Solo" teve seu primeiro computador e desde então é um apaixonado pela informática. Se for extraditado para os EUA, McKinnon pode enfrentar uma pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 227.650 euros.
Os Estados Unidos não pediam a extradição de ciberpiratas que atacavam redes americanas no exterior. No entanto, o Governo endureceu suas leis contra os crimes na área de informática desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Fonte: EFE
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