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Segunda - 29 de Janeiro de 2007 às 10:56
Por: Luiz Celso

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A justiça alemã condenou um vendedor de software a quase três anos de prisão por distribuir produtos Microsoft com licenças falsas.

O comerciante turco, de 42 anos de idade, foi preso em junho de 2006 pela polícia alemã por vender programas da empresa em larga escala com licenças fraudulentas, disse a Microsoft alemã (Microsoft Deutschland GmbH) na quinta-feira (25/01). Ele foi mantido sob custódia até a decisão da corte, que lhe sentenciou a dois anos e 11 meses de clausura.

Após oito dias de audiência, a corte distrital de Bochum, na Alemanha, o considerou culpado por revender 18.555 produtos com licenças forjadas a outros comerciantes que não sabiam da atividade ilegal. A corte se referiu ao turco como “criminoso esperto” movido por ambição mesquinha. A identidade dele não foi divulgada.

A Microsoft estima que a perda com as licenças forjadas seja de 4 milhões de euros (cerca de 11 milhões de reais) , incluindo o dinheiro pago por clientes que comprar softwares que não puderam usar.

A companhia sofre também com a venda de cópias ilegais do Windows Vista e do Office 2007, sistema operacional e pacote de produtividade lançados para empresas em novembro de 2006 e que chegam aos consumidores na próxima terça-feira (30/01).

Um dos principais inimigos da empresa é a popular rede de compartilhamento de arquivos conhecida como BitTorrent. Já em meados de novembro, cópias piratas dos dois produtos já estavam disponíveis pelo BitTorrent. Em meados de janeiro, havia cerca de 100 cópias individuais do Office 2007 e mais de 350 do Vista disponíveis no serviço, segundo a BigChampagne LLC, uma firma de rastreamento on-line sediada em Los Angeles.

Os piratas que reproduziram as cópias antecipadas do Vista driblaram a última tecnologia da Microsoft contra a pirataria, a Plataforma de Proteção de Software (SPP, na sigla em inglês), que foi programada para encerrar qualquer cópia do Vista que não seja registrada na Microsoft pela internet com uma senha de licença legítima e paga dentro dos primeiros 30 dias.

A empresa admitiu discretamente que já encontrou três diferentes formas de driblar o SPP e que pode consertar uma delas, mas não divulgou nenhum progresso contra as outras, incluindo uma que permite que o sistema rode como inativo até 2099 em vez de apenas 30 dias, como previsto pela companhia.

Segundo a BayTSP, uma empresa de consultoria antipirataria de Los Gatos, Califórnia, não há como produzir uma criptografia que não possa ser quebrada, já que os piratas tem “tempo e recursos ilimitados”.

De acordo com os dados mais recentes da empresa referentes a 2005, seis em cada 25 pacotes de programas mais pirateados no BitTorrent e no eDonkey, outra rede peer-to-peer (P2P), foram criados na Microsoft.

O Office 2003 foi o segundo software mais pirateado, atrás do Acrobat 7, da Adobe Systems.

Cori Hartje, diretor da Genuine Software Initiative da Microsoft, continua confiante de que o SPP, combinado com outros esforços da Microsoft, poderá reduzir a pirataria de produtos da empresa.


Fonte: IDG Now!




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