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Segurança
Terça - 07 de Agosto de 2007 às 15:03
Por: fgp

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A vulnerabilidade das redes corporativas cresce em ritmo mais acelerado do que a resposta das empresas em termos de atualizações e correções. A segurança da informação de uma empresa se torna cada vez mais complexa diante do fato de a vulnerabilidade das redes corporativas crescer em um ritmo mais acelerado do que o tempo de resposta para atualizações e correções nos sistemas. Apesar de ferramentas antivírus e firewall (para barrar invasões externas) estarem presentes na quase totalidade das empresas, segundo fornecedores, isso não é suficiente para que o sistema esteja livre de vírus, vermes, cavalos de tróia, ataques combinados, vazamento de informações ou mesmo fraudes.

Como já partiram para o uso de Sistemas de Detecção e Proteção de Intrusos (IDS e IPS), os executivos estão mais conscientes da importância de uma segurança mais eficiente, e buscam formas para gerenciar todas essas ferramentas. Nessas circunstâncias, os investimentos em segurança são um dos poucos que registram os maiores índices de crescimento no setor de Tecnologia da Informação (TI).

Há poucos anos, quando uma brecha em um sistema operacional era descoberta, os hackers demoravam seis meses para atacá-la. Atualmente, esses ataques acontecem em menos de 24 horas e, em média, uma empresa leva um mês para atualizar servidores e estações de trabalho. A propagação de um verme é muito mais rápida do que a dos antigos vírus. Depois de quatro horas de seu descobrimento, o verme Slammer, por exemplo, já havia infectado 400 mil computadores, informa a Network Associates (NA).

Na semana passada, as empresas Symantec e ISS tinham o alerta no nível 2 (de vigilância aumentada na segurança) em suas homepages porque a Microsoft havia divulgado uma nova brecha no Windows 2000 e XP. Além do Slammer, que ataca o SQL (banco de dados da Microsoft), o Blaster, o Sobig e, mais recentemente o Mimail vêm causando grandes estragos para os usuários do sistema operacional Windows. No entanto, nada se compara ao bug I Love You, que provocou, sozinho, US$ 8,75 bilhões de prejuízos em 2000, segundo dados da Computer Economics. O verme Nimda, de 2001, continua na ativa e causou, mundialmente, US$ 635 milhões em danos até o presente. Já os prejuízos mundiais ultrapassaram a barreira de um trilhão de dólares. Em 2001, foram de US$ 13 bilhões, informa a Network Associates (NA).

No Brasil, de acordo com pesquisa divulgada na semana passada pela Módulo, uma das maiores empresas nacionais de segurança, a percepção das invasões quase dobrou neste ano. Dos 682 executivos entrevistados, 77% disseram que já sofreram ataques ou invasões neste ano, informa o sócio-fundador da Módulo, Fernando Nery.

A complexidade das estruturas corporativas em função da multiplicação do número de periféricos, redes, bancos de dados, sistemas de gestão e de relacionamento com cliente (ERP e CRM), storage, e outros aplicativos como BI, exige proteção de toda a infra-estrutura. Além disso, cada usuário é um ponto fixo nas redes IP de alta velocidade, pois estão constantemente conectados e acabam nem percebendo quando são vítimas de algum ataque. Com isso, o gerenciamento e a gestão da segurança são duas modalidades apontadas como as principais fontes de negócios nesse mercado e navegam contra a tendência de queda dos investimentos de TI.

Apesar de os vírus se propagarem de forma muito rápida, eles não são os que provocam os maiores estragos. Segundo os especialistas, os ataques internos representam cerca de 70% das incidências de invasões e fraudes nos sistemas. Logo, as estimativas de crescimento nos investimentos com segurança são as mais positivas. O segmento movimenta US$ 13,5 bilhões no mundo e pode chegar a US$ 45 bilhões em 2006, informa o diretor de vendas e segurança da M13, Paulo Garcia, com base em dados de institutos de pesquisa.




Fonte: Investnews - Gazeta Mercantil




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