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Segurança
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 21:01
Por: Luiz Celso

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Nada Nadim Prouty, 37 anos, nascida no Líbano, confessou a culpa por obter de maneira fraudulenta cidadania norte-americana para conseguir emprego nas agências de defesa dos Estados Unidos FBI e CIA.

Depois de contratada, ela teria usado a influência do cargo para obter informações de seus parentes e sobre a organização islâmica Hizballah, considerada pelo governo como terrorista. As informações são do departamento de justiça dos EUA (DOJ).

Se condenada, Prouty pode enfrentar uma sentença máxima de cinco anos de prisão e multa de 250 mil pela acusação de conspiração; um ano de prisão e 100 mil de multa pela acusação de acesso a computadores sem autorização; e outros 10 anos de prisão e multa de 250 mil pela a acusação de nacionalização fraudulenta.

Em comunicado oficial, advogado assistente geral Kenneth Wainstein disse: “Prouty enganou para conseguir cidadania nos EUA, a fim de ser empregada na comunidade de inteligência e obter – com o acesso – informações sensíveis de combate ao terrorismo”.

Prouty chegou aos EUA do Líbano em junho de 1989, com um visto de permanência de um ano, de acordo com documentos da corte. Depois do vencimento de seu Visto, ela permaneceu em Michigan, morando com a sua irmã. Para continuar no país e garantir o visto, Prouty ofereceu dinheiro para um cidadão norte-americano desempregado casar com ela. Em agosto de 1990, o casamento aconteceu.

Prouty nunca morou com o ‘marido’, continuando com a sua irmã, aponta o DOJ. Depois de conseguir a cidadania em 1994, ela pediu o divórcio.

Em abril de 1999, Prouty foi contratada como agente especial do FBI. Com a função, ela teve acesso garantido ao escritório do FBI e passou a atuar em um esquadrão dedicado a investigar crimes sofridos por cidadãos dos Estados Unidos fora do país.

Já em 2000, Prouty usou os sistemas computadorizados do FBI sem autorização para pesquisar seu próprio nome e de seus parentes. Em junho de 2003, Prouty repetiu o acesso ilegal e obteve informações de segurança nacional sobre investigações contra a organização Hizballah.

No mesmo mês, Prouty deixou o FBI e foi contratada pela CIA. Ela manteve a posição na agência até novembro de 2007.

Em nota oficial, o advogado do estado do Michigan afirma: “É difícil imaginar uma ameaça maior do que um estrangeiro conseguir cidadania de forma fraudulenta e, depois, baseado na fraude, conseguir uma posição crítica no governo dos Estados Unidos”.


Fonte: COMPUTERWORLD




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