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Segurança
Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 10:43

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O Facebook sabe quem te cutucou. O Facebook sabe que máquinas você usa. O Facebook sabe para quais eventos você foi convidado. O Facebook sabe disso e muito mais.

A prova de que a rede social talvez saiba demais partiu de um grupo de usuários denominado “Europe X Facebook”. Graças a uma lei da União Europeia – que dá a cada cidadão o direito de solicitar a quaisquer sites as informações que eles possuem dele – eles descobriram o que, afinal, a empresa de Zuckerberg guarda sobre cada usuário.

A fim de exemplificar do que estavam falando, o grupo publicou um documento no qual a internauta L.B. – que não teve o nome verdadeiro revelado por motivos óbvios – teve todo o seu histórico no portal transcrito. São nada mais, nada menos, do que 880 páginas de informações das mais diversas, agregadas desde 2007, quando L.B. se cadastrou no Facebook.

O site da revista norte-americana Forbes investigou o arquivo e selecionou as partes mais curiosas – ou perturbadoras. Constatou que a L.B. foi cutucada mais de 50 vezes em quase quatro anos, sendo que "K.D." foi quem mais interagiu com ela dessa forma, principalmente em 2008. Soube quais computadores foram usados para conectar-se à rede, com que frequência e, ainda por cima, que outros internautas utilizaram a mesma máquina para entra no portal.

O Facebook sabe não só quem são seus amigos, como também tem conhecimento de quais contatos você não aceitou a amizade – e mesmo os que você excluiu posteriormente. Mais grave ainda é que, segundo o grupo, que diz ter recebido o alerta de alguns usuários, a rede social guarda as mensagens que você armazena, mas também possui aquelas que você apagou.

A maioria dos internautas sabe que os portais costumam guardar informações suas a partir de cookies – arquivos trocados entre o navegador e o servidor de páginas – deixados nas máquinas. Julian Assange, criador do WikiLeaks, já chamou o Facebook de uma “máquina de espionagem”. Para Richard Stallman, “smartphones são o sonho de Stalin”. A questão suscitada pelo documento é que, se antes os usuários desconfiavam do que as empresas guardavam sobre eles, agora eles podem ter uma noção exata do quanto eles estão entregando.




Fonte: IDGNOW

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