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Quinta - 31 de Outubro de 2013 às 08:37

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As autoridades de inteligência dos Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (29) que defendem a vigilância de líderes de outros países, dizendo que tais esforços são uma prática comum entre as agências de inteligência do mundo.

Os esforços de vigilância centrados na descoberta dos planos de outros líderes nacionais têm há tempos feito parte dos esforços de espionagem dos Estados Unidos e de outros países, afirmou o diretor de inteligência nacional dos EUA, James Clapper, em resposta à pergunta de um deputado sobre as informações liberadas pela imprensa sobre os EUA estarem espionando as conversas telefônicas de líderes de outros países.

Sem comentar sobre a vigilância de líderes específicos, Clapper disse que a focar em líderes estrangeiros tem sido um "princípio básico" de esforços de inteligência de muitos países nos últimos 50 anos. 

Os líderes estrangeiros, por sua vez, criticaram os esforços dos EUA, que talvez estejam ignorando seus os esforços de suas próprias agências de inteligência, disse a Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes dos EUA.

"É algo novo e diferente a comunidade de inteligência tentar focar nas intenções dos líderes estrangeiros para tentar determinar qual é a melhor política a ser aplicada para os Estados Unidos?", perguntou o representante Mike Rogers, republicano de Michigan e presidente do comitê.

"É uma das primeiras coisas que eu aprendi na escola [de inteligência] em 1963", respondeu Clapper. "É um princípio fundamental de business intelligence".

Rogers perguntou se aliados dos EUA tinham como alvo as comunicações dos dirigentes norte-americanos. "Absolutamente", disse Clapper.

Clapper e o general Keith Alexander, diretor da Agência de Segurança Nacional dos EUA, também discutiram sobre informações dadas pela imprensa, dizendo que a agência estava coletando o conteúdo de telefonemas e comunicações de Internet de milhões de europeus. 

Relatos sugerem que esses números foram baseados em uma leitura errada de uma imagem divulgada pelo ex-funcionário da NSA, Edward Snowden, disse Alexander.

Em muitos casos, os números reportados foram baseados na coleta feita por agências de inteligência de outros países e compartilhados com a NSA, disse Alexander. Os relatos da imprensa dizendo que a Agência estava coletando as informações eram "completamente falsos", disse ele.

Rogers se queixou sobre as reportagens da grande mídia sobre a NSA estar espionagem outros líderes nacionais, dizendo que "certamente criou uma equívoco internacional" baseado em "um relato pobre e bastante impreciso".

NSA coleta de registros de telefone em massa

O representante James Langevin, democrata da Rhode Island, perguntou a Clapper e a Alexander sobre o impacto das propostas para acabar com a coleta de registros telefônicos em massa pela NSA nos EUA. No início dessa terça-feira, um grupo de mais de 85 parlamentares apresentou um projeto de lei que acabaria com o programa de registros de telefone.

O fim do programa seria um retrocesso na inteligência dos EUA aos níveis de informações disponíveis antes dos ataques terroristas de 11 de setembro, disse Alexander. 

"Se acabarmos com esse programa, criaremos uma lacuna", disse. "O que você está me perguntando é existe um risco? A resposta é sim. Sabemos desse risco, porque é onde estávamos em 11/9."

Seria errado mudar o programa por causa da percepção de violações das liberdades civis, quando a comunidade de inteligência não "articulou o programa bem o suficiente para que as pessoas entendam como proteger sua privacidade", disse Alexander.

Enquanto Clapper, Alexander e outros funcionários da inteligência enfrentam um painel em grande parte amigável dos legisladores na terça-feira, a Representante Jan Schakowsky, democrata de Illinois, sugeriu que Alexander estava interpretando mal as críticas dos programas de vigilância.

Enquanto Alexander salientou que os funcionários da NSA são "patriotas", ninguém sugeriu que eles não eram, disse ela.

"As pessoas têm questionado as políticas da NSA... e elas têm sido realizadas por patriotas", disse ela.

A vigilância de líderes estrangeiros da NSA foi mantida afastada dos comitês de inteligência do Congresso, disse Jan. As relações diplomáticas norte-americanas têm sofrido por conta dos esforços de espionagem, acrescentou.

"Haverá mudanças" para os programas da NSA, disse Clapper e Alexander. "O que eu ouvi de você foi uma defesa robusta, eficaz, do status quo."






Fonte: IDGNOW

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