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Crackers presos ajudam consertar computadores do Deic
Dois CRACKERS e um estelionatário foram presos pela polícia de São Paulo sob a acusação de desviar dinheiro de correntistas do Banco do Brasil que acessavam a página da instituição na internet.Dois CRACKERS e um estelionatário foram presos pela polícia de São Paulo sob a acusação de desviar dinheiro de correntistas do Banco do Brasil que acessavam a página da instituição na internet.
Já foram identificadas 28 contas que foram vítimas do golpe desde novembro de 2003. As transferências irregulares totalizam R$ 30 mil --mas, de acordo com a polícia, novos casos devem aparecer.
Os dois CRACKERS --Carlos Alberto Bueno, 23, e um menor de 17 anos-- pertencem a famílias de classe média e mantinham a base do grupo em Atibaia (60 km de SP). Eles tinham a função de captar os dados dos correntistas na internet. O comerciante Reginaldo Eugênio Baldim, 34, era responsável por arrumar as contas para onde as transferências seriam feitas e de onde seriam realizados os saques.
O delegado Valter Sergio de Abreu, titular da 3ª Delegacia de Patrimônio do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), disse que já localizou quatro correntistas que seriam coniventes com esse golpe.
Afirmou ainda que a quadrilha deve ter a participação de mais gente. Ele suspeita que clientes de outros bancos possam ter sido vítimas --os CRACKERS confessaram que, há dois anos, tentaram fazer as operações no site do Itaú.
Para obter os dados das contas e senhas de clientes do Banco do Brasil, os CRACKERS adotavam duas estratégias. A primeira era por meio de spams (mensagens não-solicitadas, geralmente de conteúdo comercial) com vírus. Os correntistas que abriam esses e-mails eram vítimas do golpe ao acessar a página do banco na internet.
O vírus projetava um teclado virtual na tela do computador, onde os internautas digitavam os dados, que acabavam transmitidos a um site criado especialmente para coletar essas informações.
A segunda tática dos CRACKERS visava os correntistas da instituição que acessam a internet por meio de provedores sem proteção de segurança, geralmente de pequeno porte (os nomes deles não foram divulgados pela polícia).
Ao acessar a página do banco onde os dados devem ser digitados, aparecia uma página falsa criada pelos CRACKERS. As informações digitadas acabavam transmitidas para um site hospedado na Holanda. No final da operação, os correntistas recebiam uma mensagem de erro --e, desta vez, a página verdadeira aparecia para que eles tentassem novamente.
A denúncia sobre a quadrilha foi feita por carta anônima. A prisão dos três integrantes se deu na última quinta. Eles foram apresentados ontem à imprensa --não sendo possível, porém, entrevistá-los. Os contatos dos advogados não foram repassados.
O delegado Abreu afirmou que os dois CRACKERS confessaram os golpes e colaboraram com a polícia ao dar detalhes das operações. Depois de a prisão temporária ter sido decretada, eles teriam, inclusive, ajudado a consertar computadores no prédio do Deic. Segundo Abreu, Baldim informou que falaria apenas em juízo.
O Banco do Brasil, na visão do delegado, está isento de culpa. "Não é falha de segurança, mas uma ação imprevisível", afirmou. A instituição, segundo ele, ressarciu os correntistas prejudicados. A assessoria do banco informou que não se manifestaria.
Para evitar os golpes, Abreu orienta os correntistas a não abrir e-mails de origem desconhecida e a contatar as instituições financeiras caso haja alguma mensagem diferenciada nos computadores nas operações feitas pela internet.
Já foram identificadas 28 contas que foram vítimas do golpe desde novembro de 2003. As transferências irregulares totalizam R$ 30 mil --mas, de acordo com a polícia, novos casos devem aparecer.
Os dois CRACKERS --Carlos Alberto Bueno, 23, e um menor de 17 anos-- pertencem a famílias de classe média e mantinham a base do grupo em Atibaia (60 km de SP). Eles tinham a função de captar os dados dos correntistas na internet. O comerciante Reginaldo Eugênio Baldim, 34, era responsável por arrumar as contas para onde as transferências seriam feitas e de onde seriam realizados os saques.
O delegado Valter Sergio de Abreu, titular da 3ª Delegacia de Patrimônio do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), disse que já localizou quatro correntistas que seriam coniventes com esse golpe.
Afirmou ainda que a quadrilha deve ter a participação de mais gente. Ele suspeita que clientes de outros bancos possam ter sido vítimas --os CRACKERS confessaram que, há dois anos, tentaram fazer as operações no site do Itaú.
Para obter os dados das contas e senhas de clientes do Banco do Brasil, os CRACKERS adotavam duas estratégias. A primeira era por meio de spams (mensagens não-solicitadas, geralmente de conteúdo comercial) com vírus. Os correntistas que abriam esses e-mails eram vítimas do golpe ao acessar a página do banco na internet.
O vírus projetava um teclado virtual na tela do computador, onde os internautas digitavam os dados, que acabavam transmitidos a um site criado especialmente para coletar essas informações.
A segunda tática dos CRACKERS visava os correntistas da instituição que acessam a internet por meio de provedores sem proteção de segurança, geralmente de pequeno porte (os nomes deles não foram divulgados pela polícia).
Ao acessar a página do banco onde os dados devem ser digitados, aparecia uma página falsa criada pelos CRACKERS. As informações digitadas acabavam transmitidas para um site hospedado na Holanda. No final da operação, os correntistas recebiam uma mensagem de erro --e, desta vez, a página verdadeira aparecia para que eles tentassem novamente.
A denúncia sobre a quadrilha foi feita por carta anônima. A prisão dos três integrantes se deu na última quinta. Eles foram apresentados ontem à imprensa --não sendo possível, porém, entrevistá-los. Os contatos dos advogados não foram repassados.
O delegado Abreu afirmou que os dois CRACKERS confessaram os golpes e colaboraram com a polícia ao dar detalhes das operações. Depois de a prisão temporária ter sido decretada, eles teriam, inclusive, ajudado a consertar computadores no prédio do Deic. Segundo Abreu, Baldim informou que falaria apenas em juízo.
O Banco do Brasil, na visão do delegado, está isento de culpa. "Não é falha de segurança, mas uma ação imprevisível", afirmou. A instituição, segundo ele, ressarciu os correntistas prejudicados. A assessoria do banco informou que não se manifestaria.
Para evitar os golpes, Abreu orienta os correntistas a não abrir e-mails de origem desconhecida e a contatar as instituições financeiras caso haja alguma mensagem diferenciada nos computadores nas operações feitas pela internet.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://totalsecurity.com.br/noticia/642/visualizar/
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