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Quinta - 12 de Janeiro de 2012 às 11:28
Por: Matt Hamblen

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Os processadores de vários núcleos (multi-core) para tablets e smartphones estão sendo apresentados com muitos elogios por fabricantes como a Nvidia na CES 2012 (Consumer Electronics Show), mas algumas pessoas da indústria questionam o real valor desses chips.

Alguns dos sistemas operacionais móveis mais recentes, como o Windows Phone 7.5 (Mango), não são feitos para suportar processadores dual-core (dois núcleos), notam os analistas. Ao mesmo tempo, dizem eles, a maioria dos aplicativos para smartphones e tablets não precisa e nem consegue se beneficiar de processadores dual-core ou quad-core (quatro núcleos), com exceção de alguns vídeos e games.

Dado esse fato, a Microsoft e sua parceira Nokia praticamente dispensaram smartphones dual-core rodando Android e fabricados por várias companhias, incluindo Samsung e HTC.

Para enfatizar a sua visão, a Microsoft criou um desafio na CES deste ano em que o evangelista do Windows Phone, Ben Randolph, apostou 100 dólares que seu aparelho WP, um HTC Titan, iria operar de forma mais rápida que qualquer outro smartphone para rodar aplicativos, fazer buscas na web ou outras funções.

Entre cerca de 20 desafios, Randolph afirma ter perdido apenas um, contra um iPhone 4S, no tempo que levou para ambos os aparelhos enviarem um tuíte. Ele pagou o vencedor em dinheiro.

Randolph e Greg Sullivan, um gerente sênior de produtos do Windows Phone, afirmam que o foco do Windows Phone está em como funcionar melhor com os usuários, não na velocidade do seu processador. O slogan do WP 7.5, inclusive, é “Coloque as pessoas na frente”.

“Dual-core é muito menos critico para um telefone, e a maioria dos usuários dos novos smartphones não sabe dizer o que ele (o chip dual-core) faz”, disse Sullivan. “Existem programas para tirar vantagem dele? Essa é a questão.”

Sullivan disse que é inevitável que o Windows Phone e outros sistemas operacionais avancem para processdores dual-core nos próximos anos, assim como muitos tablets irão chegar aos chips quad-core. Vários jornalistas especializados, por exemplo, disseram que os processadores quad-core eram importantes no tablet Asus Transformer Prime, anunciado em novembro, porque aumentam a performance do aparelho para rodar diversos apps ao mesmo tempo.

Ainda assim, Sullivan disse que, por enquanto, os processadores dual e quad-core vão ter apelo principalmente junto aos entusiastas por tecnologia e pessoas que trabalham na indústria. “É a mesma mentalidade do cara cujo hobby são carros e quer um motor mais forte.”

Por outro lado, alguns tablets que foram apresentados sob o valor do dual-core, como o BlackBerry PlayBook, possuem uma performance rápida em aplicativos e downloads, disse o analista da ABI, Kevin Burden.

“Quad-core não é importante em um tablet agora, mas a questão é para onde a tecnologia está indo?” afirma Burden. Apesar de todos os seus outros problemas, o PlayBook possui um desempenho rápido, completa.

O principal ponto negativo dos processadores mais rápidos em smartphones e tablet é a rapidez com que eles consomem a bateria, algo que não é inteiramente conhecido em tablets como o recém-anunciado aparelho de 7 polegadas da Asus que roda Android 4 usando processador quad-core Tegra 3, da Nvidia.

“Existirão algumas perdas em troca de melhorias com os processadores mais rápidos, como a duração da bateria”, diz Burden.

O analista da J. Gold Associates, Jack Gold, afirmou que a maioria dos aplicativos atuais não precisa de um processador dual-core em um smartphone ou de um quad-core em um tablet. Mas ele prevê que dentro de um ano a comunidade de desenvolvedores vai construir apps se aproveitando das maiores velocidades.





Fonte: IDGNOW

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