Notícias Gerais
Firefox 3.0 poderá ter sistema para barrar sites maliciosos
A Mozilla está considerando adicionar uma ferramenta ao Firefox 3.0 que bloquearia sites contendo downloads maliciosos. O chefe de segurança se recusou a dar detalhes, dizendo que a Mozilla “não está preparada para falar do futuro”.
Mesmo assim, muitos detalhes são encontrados em um blog de um designer do Firefox e em discussões no Bugzilla, sistema da Mozilla usado para detectar mudanças em softwares. Juntos os dois apresentam um olhar por traz do processo de desenvolvimento.
“De maneira similar ao bloqueio do Firefox 2 a sites que potencialmente roubariam suas informações pessoais, Firefox 3 bloqueará sites que acreditamos tentar instalar programas maliciosos em seu computador”, diz Alex Faaborg, em um blog semana passada. “A Mozilla está coordenando essa ferramenta com o Google”.
Na Bugzilla, que conta com comentários de desenvolvedores da Mozilla e Google, incluindo o diretor de engenharia Chris Hofmann, a discussão gira em torno de como o Firefox alertará os usuários sobre sites potencialmente maliciosos. Faaborg propôs uma notificação, depois outro sugeriu uma “página de erro”.
Os comentários se estendem sobre a lista de sites maliciosos, que seriam apontados pelo Google e que o Firefox bloquearia automaticamente. “O que estamos fazendo aqui é dar poder de veto ao Google sobre qualquer página da web” comenta Gervase Markham, um líder de desenvolvimento do Bugzilla.
O sistema de aviso do Google alerta os usuários com uma “página de erro”. Apesar de o serviço funcionar bem, alguns sites afirmam ter sido bloqueados erroneamente.
Segundo a programação da Mozilla, os desenvolvedores devem incluir a ferramenta no Firefox 3.0 até meio de julho. A previsão de data para o lançamento da versão Beta 1 é 17 de julho.
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Mesmo assim, muitos detalhes são encontrados em um blog de um designer do Firefox e em discussões no Bugzilla, sistema da Mozilla usado para detectar mudanças em softwares. Juntos os dois apresentam um olhar por traz do processo de desenvolvimento.
“De maneira similar ao bloqueio do Firefox 2 a sites que potencialmente roubariam suas informações pessoais, Firefox 3 bloqueará sites que acreditamos tentar instalar programas maliciosos em seu computador”, diz Alex Faaborg, em um blog semana passada. “A Mozilla está coordenando essa ferramenta com o Google”.
Na Bugzilla, que conta com comentários de desenvolvedores da Mozilla e Google, incluindo o diretor de engenharia Chris Hofmann, a discussão gira em torno de como o Firefox alertará os usuários sobre sites potencialmente maliciosos. Faaborg propôs uma notificação, depois outro sugeriu uma “página de erro”.
Os comentários se estendem sobre a lista de sites maliciosos, que seriam apontados pelo Google e que o Firefox bloquearia automaticamente. “O que estamos fazendo aqui é dar poder de veto ao Google sobre qualquer página da web” comenta Gervase Markham, um líder de desenvolvimento do Bugzilla.
O sistema de aviso do Google alerta os usuários com uma “página de erro”. Apesar de o serviço funcionar bem, alguns sites afirmam ter sido bloqueados erroneamente.
Segundo a programação da Mozilla, os desenvolvedores devem incluir a ferramenta no Firefox 3.0 até meio de julho. A previsão de data para o lançamento da versão Beta 1 é 17 de julho.
57% dos computadores do mundo têm vírus
57% dos computadores no mundo estão infectados por algum tipo de código malicioso, mesmo que tenham antivírus instalado. A informação é da empresa de segurança digital Panda Software, a partir da “2º campanha contra a fraude online e pela segurança na rede”.
Os dados foram coletados a partir do uso das ferramentas NanoScan beta e TotalScan beta sobre uma série de computadores. Além dos 56% de PCs infectados, mesmo com soluções de segurança ativadas e atualizadas, constatou-se que a taxa percentual de máquinas comprometidas crescia para até 65% quando as mesmas não apresentavam nenhum sistema de segurança e proteção.
“Isto não significa que as soluções de segurança sejam falhas”, declarou Jose María Hernández, vice-presidente de expansão internacional da Panda Software . “No entanto, o número evidencia que tais ferramentas devem contar com o apoio de outros aplicativos que sejam capazes de detectar um maior número de malwares”.
Ao verificar as diferentes categorias de vírus, 33% de todos os PCs que foram submetidos à análise das ferramentas online da Panda tinham algum tipo de adware , enquanto 27% deles possuíam um cavalo-de-Tróia (trojan) e 7% estavam infectados com um spyware.
Ainda no que diz respeito aos códigos maliciosos, 56% dos computadores tinham algum tipo de malware “latente”, ou seja, pragas que permanecem inativas no PC do usuário, sem causar um dano imediato, mas que podem ficar ativas a qualquer momento, promovendo ações como roubo de dados, destruição de dados, entre outros danos.
No entanto, 20% dos equipamentos analisados estavam infectados com algum tipo de praga ativa e foram registrados ainda 190 casos envolvendo phishing, que usavam nomes de instituições financeiras como Barclays, Bank of America, Grupo Santander e BB&T. Além disso, foram examinados 104 casos de loterias falsas e mais 200 ofertas enganosas de emprego.
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Os dados foram coletados a partir do uso das ferramentas NanoScan beta e TotalScan beta sobre uma série de computadores. Além dos 56% de PCs infectados, mesmo com soluções de segurança ativadas e atualizadas, constatou-se que a taxa percentual de máquinas comprometidas crescia para até 65% quando as mesmas não apresentavam nenhum sistema de segurança e proteção.
“Isto não significa que as soluções de segurança sejam falhas”, declarou Jose María Hernández, vice-presidente de expansão internacional da Panda Software . “No entanto, o número evidencia que tais ferramentas devem contar com o apoio de outros aplicativos que sejam capazes de detectar um maior número de malwares”.
Ao verificar as diferentes categorias de vírus, 33% de todos os PCs que foram submetidos à análise das ferramentas online da Panda tinham algum tipo de adware , enquanto 27% deles possuíam um cavalo-de-Tróia (trojan) e 7% estavam infectados com um spyware.
Ainda no que diz respeito aos códigos maliciosos, 56% dos computadores tinham algum tipo de malware “latente”, ou seja, pragas que permanecem inativas no PC do usuário, sem causar um dano imediato, mas que podem ficar ativas a qualquer momento, promovendo ações como roubo de dados, destruição de dados, entre outros danos.
No entanto, 20% dos equipamentos analisados estavam infectados com algum tipo de praga ativa e foram registrados ainda 190 casos envolvendo phishing, que usavam nomes de instituições financeiras como Barclays, Bank of America, Grupo Santander e BB&T. Além disso, foram examinados 104 casos de loterias falsas e mais 200 ofertas enganosas de emprego.
Em um ano, Google adquiriu 12 empresas
As aquisições estão jogando um papel importante na estratégia de expansão para novos setores de tecnologia do Google.
De empresas de software antivírus até o YouTube e a Doubleclick (as duas maiores compras), o Google adquiriu empresas, nos últimos 12 meses, que reduzem a diferença de seus produtos para o pacote de aplicações Office, da Microsoft.
A commpanhia também está investindo em empresas de publicidade online, como mostra a aquisição da Doubleclick, que forçou a Microsoft a gastar 6 bilhões de dólares para adquir a aQuantive.
Onde será que o Google vai parar? Com todas essas aquisições, o líder em busca na web fica ainda mais poderoso? Qual a sua opinião?
Veja quais foram as principais compras do Google nos últimos 12 meses.
Aquisição pendente
Abril de 2007: O Google concorda em comprar a empresa de propaganda online DoubleClick por 3,1 bilhões de dólares. A Microsoft, que não conseguiu comprar a empresa, entrou com um pedido para que reguladores federais impedissem a aquisição, alegando que prejudicaria a competição entre anunciantes da web. A Federal Trade Commission acaba de iniciar uma investigação antitrust no acordo entre Google e DoubleClick.
Aquisições finalizadas
1 de Junho de 2007: Aquisição do FeedBurner, um provedor de serviços de anúncios e publicidade para blogs e gerenciamento de feeds de RSS. A tecnologia do FeedBurner vai complementar a rede de anúncios e publicidade em web do Google, segundo a empresa.
30 de maio de 2007: Compra da Panoramio, um site de compartilhamento de fotos que conecta imagens a localização geográfica exata onde elas foram tiradas, permitindo que os usuários vejam as fotografias no Google Earth. A expectativa é que o acordo integre o conteúdo do Panoramio e a tecnologia de mapeamento do Google.
29 de maio de 2007: O Google compra a GreenBorder Technologies, um fabricante de software antivírus. A GreenBorder popularizou sua tecnologia com promessas de impedir a execução de códigos maliciosos nas máquinas. A aquisição ajudaria o Google a fortalecer a proteção contra malwares em suas aplicações da web. “A GreenBorder possui grande conhecimento no domínio de segurança que pode fornecer benefícios ao Google, seus usuários e anunciantes”, declarou um porta-voz da empresa.
Abril de 2007: A empresa compra a Tonic Systems, que cria tecnologias para apresentações e conversão de documentos. A aquisição é parte da estratégia do Google em divisão de apresentações e capacidades de colaboração para a Google Docs & Spreadsheets, competidor do Microsoft Office.
Abril de 2007: Google adquire a Marratech, empresa sueca de software para videoconferência. Os planos da empresa são em usar o software para seus funcionários. O Google ainda não anunciou planos para comercializar a tecnologia de videoconferência.
Março de 2007: O gigante de buscas compra a Adscape Media, uma companhia de São Francisco especializada em propagandas eletrônicas. O acordo de 23 milhões de dólares veio menos de um ano depois que a Microsoft comprou a empresa de publicidade de vídeo game Massive por 200 milhões de dólares, movimento que foi visto como esforço da Microsoft de encorajar o Google a entrar na área de publicidade.
Março de 2007: Google compra a Trendalyzer, software que gera gráficos dinâmicos para reproduzir fatos, balanços e estatísticas de maneira que o usuário final possa entender.
Dezembro de 2006: Por 28 milhões de dólares, o Google compra parte da Endoxon, uma empresa de tecnologia de mapeamento localizada na Suíça, em um movimento para reforçar o Google Earth e o Google Maps.
Outubro de 2006: Google compra o YouTube por uma transação de armazenamento de 1,65 bilhão de dólares. Em seguida, a empresa reforçou seu mecanismo de busca de vídeos com o conteúdo do YouTube para integrar os dois sites. Por consequência, o Google sofreu um processo de 1 bilhão de dólares da Viacom, que alega que o YouTube colabora com a violação de direitos autorais.
Outubro de 2006: Google compra a JotSpot, desenvolvedora de tecnologia wiki para colaboração por páginas na internet. As novas inscrições no JotSpot pararam depois da aquisição, e os clientes ainda estavam esperando para ouvir quais eram os planos do Google para o serviço, que sofreu problemas de desempenho e disponibilidade depois de adquirido.
Agosto de 2006: Google compra a Neven Vision, companhia norte-americana especializada na busca móvel de fotos. O acordo foi feito para aumentar a performance do Picasa, que auxilia usuários a compartilhar e editar imagens, e localizar e organizar fotos em seus computadores. A tecnologia Neven Vision obtém informação de fotos, assim como sobre se ela contém imagens de pessoas.
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De empresas de software antivírus até o YouTube e a Doubleclick (as duas maiores compras), o Google adquiriu empresas, nos últimos 12 meses, que reduzem a diferença de seus produtos para o pacote de aplicações Office, da Microsoft.
A commpanhia também está investindo em empresas de publicidade online, como mostra a aquisição da Doubleclick, que forçou a Microsoft a gastar 6 bilhões de dólares para adquir a aQuantive.
Onde será que o Google vai parar? Com todas essas aquisições, o líder em busca na web fica ainda mais poderoso? Qual a sua opinião?
Veja quais foram as principais compras do Google nos últimos 12 meses.
Aquisição pendente
Abril de 2007: O Google concorda em comprar a empresa de propaganda online DoubleClick por 3,1 bilhões de dólares. A Microsoft, que não conseguiu comprar a empresa, entrou com um pedido para que reguladores federais impedissem a aquisição, alegando que prejudicaria a competição entre anunciantes da web. A Federal Trade Commission acaba de iniciar uma investigação antitrust no acordo entre Google e DoubleClick.
Aquisições finalizadas
1 de Junho de 2007: Aquisição do FeedBurner, um provedor de serviços de anúncios e publicidade para blogs e gerenciamento de feeds de RSS. A tecnologia do FeedBurner vai complementar a rede de anúncios e publicidade em web do Google, segundo a empresa.
30 de maio de 2007: Compra da Panoramio, um site de compartilhamento de fotos que conecta imagens a localização geográfica exata onde elas foram tiradas, permitindo que os usuários vejam as fotografias no Google Earth. A expectativa é que o acordo integre o conteúdo do Panoramio e a tecnologia de mapeamento do Google.
29 de maio de 2007: O Google compra a GreenBorder Technologies, um fabricante de software antivírus. A GreenBorder popularizou sua tecnologia com promessas de impedir a execução de códigos maliciosos nas máquinas. A aquisição ajudaria o Google a fortalecer a proteção contra malwares em suas aplicações da web. “A GreenBorder possui grande conhecimento no domínio de segurança que pode fornecer benefícios ao Google, seus usuários e anunciantes”, declarou um porta-voz da empresa.
Abril de 2007: A empresa compra a Tonic Systems, que cria tecnologias para apresentações e conversão de documentos. A aquisição é parte da estratégia do Google em divisão de apresentações e capacidades de colaboração para a Google Docs & Spreadsheets, competidor do Microsoft Office.
Abril de 2007: Google adquire a Marratech, empresa sueca de software para videoconferência. Os planos da empresa são em usar o software para seus funcionários. O Google ainda não anunciou planos para comercializar a tecnologia de videoconferência.
Março de 2007: O gigante de buscas compra a Adscape Media, uma companhia de São Francisco especializada em propagandas eletrônicas. O acordo de 23 milhões de dólares veio menos de um ano depois que a Microsoft comprou a empresa de publicidade de vídeo game Massive por 200 milhões de dólares, movimento que foi visto como esforço da Microsoft de encorajar o Google a entrar na área de publicidade.
Março de 2007: Google compra a Trendalyzer, software que gera gráficos dinâmicos para reproduzir fatos, balanços e estatísticas de maneira que o usuário final possa entender.
Dezembro de 2006: Por 28 milhões de dólares, o Google compra parte da Endoxon, uma empresa de tecnologia de mapeamento localizada na Suíça, em um movimento para reforçar o Google Earth e o Google Maps.
Outubro de 2006: Google compra o YouTube por uma transação de armazenamento de 1,65 bilhão de dólares. Em seguida, a empresa reforçou seu mecanismo de busca de vídeos com o conteúdo do YouTube para integrar os dois sites. Por consequência, o Google sofreu um processo de 1 bilhão de dólares da Viacom, que alega que o YouTube colabora com a violação de direitos autorais.
Outubro de 2006: Google compra a JotSpot, desenvolvedora de tecnologia wiki para colaboração por páginas na internet. As novas inscrições no JotSpot pararam depois da aquisição, e os clientes ainda estavam esperando para ouvir quais eram os planos do Google para o serviço, que sofreu problemas de desempenho e disponibilidade depois de adquirido.
Agosto de 2006: Google compra a Neven Vision, companhia norte-americana especializada na busca móvel de fotos. O acordo foi feito para aumentar a performance do Picasa, que auxilia usuários a compartilhar e editar imagens, e localizar e organizar fotos em seus computadores. A tecnologia Neven Vision obtém informação de fotos, assim como sobre se ela contém imagens de pessoas.
Google incorpora reconhecimento de rostos
O Google tem melhorado considerávelmente o serviço de buscas de imagens em seu portal, por exemplo, agora é possível pedir ao sistema apresentar somente rostos nos resultados de pesquisa.
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Voltando e trazendo o Coelhinho Malvado
Praga para o OpenOffice; alerta para possíveis novas falhas no pacote open source que tem as funções do Microsoft Office.
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Brasil deve vender mais PCs que TVs este ano
O Brasil deve vender em 2007 mais computadores do que aparelhos de TV pela 1a vez na história do varejo.
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Ericsson e Sun desenvolverão servidor de código aberto
A fabricante de equipamentos de telecomunicações Ericsson anunciou na terça-feira que vai unir forças com a Sun Microsystems para desenvolver um servidor de aplicativos multimídia, baseado na tecnologia Java com código aberto.
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Criminosos substituem e-mails por ataques a sites
Com os internautas mais preocupados com as ameaças que chegam via correio eletrônico, os criminosos da web resolveram alterar sua estratégia. Agora, para complicar nossa vidas, eles centram fogo em ameaças que atacam via sites.
Prova disso é o estudo que acaba de ser divulgado pela empresa de segurança Sophos, com a lista das ameaças mais ativas em abril de 2007. Mais de 245 mil páginas da internet abrigando arquivos nocivos foram identificadas pela empresa no período. Em primeiro lugar ficou o invasor conhecido como Mal/frama, encontrado em 44,7% dos casos. Ele procura por vulnerabilidades em sites legítimos e insere códigos nocivos nas páginas. Ao visitar o endereço contaminado sem as atualizações e softwares de proteção necessários, o internauta infecta seu computador.
Para não ser vítima desse tipo de ataque, é preciso atualizar sempre o sistema, ter ferramentas de proteção como antivírus, firewall e anti-spyware e, mesmo assim, estar atento a notícias sobre novas vulnerabilidades de Zero Day (Saiba mais sobre em nosso especial sobre ataques de Dia Zero). Veja, também, nossas dicas para fujir de golpes virtuais.
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Prova disso é o estudo que acaba de ser divulgado pela empresa de segurança Sophos, com a lista das ameaças mais ativas em abril de 2007. Mais de 245 mil páginas da internet abrigando arquivos nocivos foram identificadas pela empresa no período. Em primeiro lugar ficou o invasor conhecido como Mal/frama, encontrado em 44,7% dos casos. Ele procura por vulnerabilidades em sites legítimos e insere códigos nocivos nas páginas. Ao visitar o endereço contaminado sem as atualizações e softwares de proteção necessários, o internauta infecta seu computador.
Para não ser vítima desse tipo de ataque, é preciso atualizar sempre o sistema, ter ferramentas de proteção como antivírus, firewall e anti-spyware e, mesmo assim, estar atento a notícias sobre novas vulnerabilidades de Zero Day (Saiba mais sobre em nosso especial sobre ataques de Dia Zero). Veja, também, nossas dicas para fujir de golpes virtuais.
Máquinas vão ultrapassar inteligência humana
Com a interligação de todos os PCs, servidores e celulares do planeta via internet, a capacidade dos processadores não pára de acelerar. Parece um complô muito bem orquestrado, onde computadores quânticos, nanotecnologia e biotecnologia colaboram para o advento da Superinteligência.
Professor aposentado da Universidade da Califórnia em San Diego e autor de romances de ficção-científica, Vernor Vinge aposta que as máquinas ultrapassarão o homem em algum momento depois de 2020. Veja por que nesta entrevista:
Faz dez anos que o supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez Gary Kasparov. Aquele foi o primeiro vislumbre de uma nova forma de inteligência?
Vernon Vinge – Creio que Deep Blue tinha uma programação inovadora, mas o sucesso previsível aconteceu principalmente em função da tendência existente de melhoramento na performance do hardware dos computadores. O resultado foi uma performance melhor que a humana em um problema único de uma área limitada. No futuro, veremos melhoramentos no software e hardware que levarão este sucesso a outros domínios intelectuais.
Em 1993, você proferiu na Nasa a sua profética palestra sobre a proximidade da Singularidade Tecnológica. Poderia explicar o conceito da singularidade?
Parece plausível supor que com a tecnologia nós poderemos, num futuro relativamente próximo, criar (ou nos tornar) criaturas que ultrapassem os humanos em todas as dimensões intelectuais e criativas. Quaisquer eventos além acontecerem além deste evento - o surgimento da inteligência artificial ou singularidade tecnológica – são inimagináveis para nós assim como uma ópera o é para uma lesma de jardim.
Você ainda acredita no advento da Singularidade?
Acredito que seja a mais provável previsão não-catastrófica para as próximas décadas.
A explosão da internet e da computação em paralelo estão em última instância acelerando a chegada deste evento ?
Sim. Existem outros caminhos possíveis para a Singularidade, mas ao menos a equação computadores+comunicações+pessoas fornece uma base sólida para futuros saltos intelectuais.
Quando finalmente surgirem máquinas inteligentes, que cara eles terão?
Muito provavelmente elas serão menos visíveis do que os computadores são hoje. Em sua maiorias, elas irão operar via redes e processadores embutidos nas máquinas comuns do nosso dia-a-dia. Por outro lado, as manifestações do seu comportamento podem ser mudanças muito espetaculares no nosso mundo físico. Uma exceção serão os robôs móveis. Mesmo antes da Singularidade, eles provavelmente irão se tornar muito impressionantes, tornando-se mais ágeis e coordenados do que os atletas humanos, mesmo em situações ao ar livre
(Nota: um bom exemplo é a mula-robô criada para transportar munições dos fuzileiros dos EUA. Veja aqui um vídeo mostrando a sua impressionante locomoção).
Como saberemos que estas máquinas terão consciência?
A esperança e o perigo estão no fato de que estas criaturas serão como crianças. Como com qualquer criança, uma questão fundamental é assegurar sob qual moral elas irão se desenvolver. Neste sentido, existem boas razões para ter esperança, apesar, é claro, do perigo de que estas crianças em particular serão muito mais poderosas do que as nossas naturais.
O célebre astrofísico britânico Stephen Hawking declarou em 2001 à revista Focus que: “Com uma alteração do nosso patrimônio genético, podemos aumentar a complexidade do DNA e, por conseqüência, melhorar a homem. (...) Devemos seguir este caminho, se queremos que os sistemas biológicos sobrevivam aos eletrônicos. Ao contrário do nosso intelecto, os computadores duplicam sua capacidade a cada 18 meses. Daí advém o perigo real de que desenvolvam inteligência e dominem o mundo. Nós temos também que desenvolver rapidamente técnicas para possibilitar uma ligação direta entre o cérebro e os computadores, permitindo que a inteligência artificial contribua para a inteligência humana e não se volte contra nós”. Você crê que esta modificação genética seja factível?
Acredito que ela é tanto prática quando positiva – e sujeita às mesmas preocupações relacionados aos computadores. No longo prazo, não creio que a biologia orgânica possa acompanhar o passo do harware. Por outro lado, a biologia orgânica é robusta em modos diferentes das máquinas de hardware. A sobrevivência da vida será melhor servida através da preservação e aperfeiçoamento de ambas as estratégias.
A união da nanotecnologia com a engenharia genética e a informática poderá representar uma ameaça para a Humanidade, como Bill Joy, o guru da Sun Microsystems, alertou em 2000 no manifesto “Por que o futuro não precisa de nós”?
O planeta (e o universo) são repletos de ameaças mortais. A tecnologia é a fonte de algumas destas ameaças – mas ela igualmente nos tem protegido como outras. Eu acredito que a tecnologia é, ela própria, a melhor resposta da vida contra os riscos que nos ameaçam.
Neste exato momento, o Pentágono está empregando mais de cinco mil robôs no Iraque, patrulhando cidades, desarmando explosivos ou realizando vôos de reconhecimento. O próximo passo é fazê-los andar armados. É o cenário do Exterminador do Futuro?
Isto é concebível, embora não seja uma razão para se dar as costas à robótica. A guerra mundial termonuclear, que saiu da moda, e algumas formas de guerra biológica são muito mais simples, mais prováveis, e provavelmente mais letais do que o cenário do exterminador do futuro.
No seu último romance, Rainbows End, a trama se passa em 2025, quando a Humanidade usa computadores vestíveis e está imersa na realidade virtual, cercada por sensores onipresentes. Este cenário é plausível?
É o cenário (não-catastrófico) mais plausível para 2025 que se possa imaginar.
E não é assustador, algo que você define com “a grande conspiração contra a liberdade humana”?
Antes do computador pessoal, a maioria das pessoas acreditava que os computadores fossem o grande inimigo da liberdade. Quando surgiu o PC, muitas pessoas perceberam que milhões de computadores nas mãos dos cidadãos eram uma defesa contra a tirania. Agora, no novo milênio, vemos como os governos podem usar as redes para um monitoramento onipresente, e isto é assustador. Mas uma das idéias que procuro passar no meu livro é a possibilidade de que o abuso governamental se torne irrelevante.
Na medida em que a tecnologia ganha importância, os governos precisam fornecer a ilusão da liberdade para os milhões de pessoas que precisam se manter felizes e criativas para manter a economia nos trilhos. Tudo somado, estas pessoas possuem maior diversidade e recursos (e até mesmo melhor coordenação) do que qualquer governo. Os bancos de dados on-line, as redes de computadores e as redes sociais fornecem a esta tendência um enorme impulso. No final, a “ilusão da liberdade” pode ser mais real do que em qualquer outro momento da história. Com a internet, o povo pode atingir uma nova forma de populismo, potencializado por um conhecimento absolutamente profundo e abrangente.
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Professor aposentado da Universidade da Califórnia em San Diego e autor de romances de ficção-científica, Vernor Vinge aposta que as máquinas ultrapassarão o homem em algum momento depois de 2020. Veja por que nesta entrevista:
Faz dez anos que o supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez Gary Kasparov. Aquele foi o primeiro vislumbre de uma nova forma de inteligência?
Vernon Vinge – Creio que Deep Blue tinha uma programação inovadora, mas o sucesso previsível aconteceu principalmente em função da tendência existente de melhoramento na performance do hardware dos computadores. O resultado foi uma performance melhor que a humana em um problema único de uma área limitada. No futuro, veremos melhoramentos no software e hardware que levarão este sucesso a outros domínios intelectuais.
Em 1993, você proferiu na Nasa a sua profética palestra sobre a proximidade da Singularidade Tecnológica. Poderia explicar o conceito da singularidade?
Parece plausível supor que com a tecnologia nós poderemos, num futuro relativamente próximo, criar (ou nos tornar) criaturas que ultrapassem os humanos em todas as dimensões intelectuais e criativas. Quaisquer eventos além acontecerem além deste evento - o surgimento da inteligência artificial ou singularidade tecnológica – são inimagináveis para nós assim como uma ópera o é para uma lesma de jardim.
Você ainda acredita no advento da Singularidade?
Acredito que seja a mais provável previsão não-catastrófica para as próximas décadas.
A explosão da internet e da computação em paralelo estão em última instância acelerando a chegada deste evento ?
Sim. Existem outros caminhos possíveis para a Singularidade, mas ao menos a equação computadores+comunicações+pessoas fornece uma base sólida para futuros saltos intelectuais.
Quando finalmente surgirem máquinas inteligentes, que cara eles terão?
Muito provavelmente elas serão menos visíveis do que os computadores são hoje. Em sua maiorias, elas irão operar via redes e processadores embutidos nas máquinas comuns do nosso dia-a-dia. Por outro lado, as manifestações do seu comportamento podem ser mudanças muito espetaculares no nosso mundo físico. Uma exceção serão os robôs móveis. Mesmo antes da Singularidade, eles provavelmente irão se tornar muito impressionantes, tornando-se mais ágeis e coordenados do que os atletas humanos, mesmo em situações ao ar livre
(Nota: um bom exemplo é a mula-robô criada para transportar munições dos fuzileiros dos EUA. Veja aqui um vídeo mostrando a sua impressionante locomoção).
Como saberemos que estas máquinas terão consciência?
A esperança e o perigo estão no fato de que estas criaturas serão como crianças. Como com qualquer criança, uma questão fundamental é assegurar sob qual moral elas irão se desenvolver. Neste sentido, existem boas razões para ter esperança, apesar, é claro, do perigo de que estas crianças em particular serão muito mais poderosas do que as nossas naturais.
O célebre astrofísico britânico Stephen Hawking declarou em 2001 à revista Focus que: “Com uma alteração do nosso patrimônio genético, podemos aumentar a complexidade do DNA e, por conseqüência, melhorar a homem. (...) Devemos seguir este caminho, se queremos que os sistemas biológicos sobrevivam aos eletrônicos. Ao contrário do nosso intelecto, os computadores duplicam sua capacidade a cada 18 meses. Daí advém o perigo real de que desenvolvam inteligência e dominem o mundo. Nós temos também que desenvolver rapidamente técnicas para possibilitar uma ligação direta entre o cérebro e os computadores, permitindo que a inteligência artificial contribua para a inteligência humana e não se volte contra nós”. Você crê que esta modificação genética seja factível?
Acredito que ela é tanto prática quando positiva – e sujeita às mesmas preocupações relacionados aos computadores. No longo prazo, não creio que a biologia orgânica possa acompanhar o passo do harware. Por outro lado, a biologia orgânica é robusta em modos diferentes das máquinas de hardware. A sobrevivência da vida será melhor servida através da preservação e aperfeiçoamento de ambas as estratégias.
A união da nanotecnologia com a engenharia genética e a informática poderá representar uma ameaça para a Humanidade, como Bill Joy, o guru da Sun Microsystems, alertou em 2000 no manifesto “Por que o futuro não precisa de nós”?
O planeta (e o universo) são repletos de ameaças mortais. A tecnologia é a fonte de algumas destas ameaças – mas ela igualmente nos tem protegido como outras. Eu acredito que a tecnologia é, ela própria, a melhor resposta da vida contra os riscos que nos ameaçam.
Neste exato momento, o Pentágono está empregando mais de cinco mil robôs no Iraque, patrulhando cidades, desarmando explosivos ou realizando vôos de reconhecimento. O próximo passo é fazê-los andar armados. É o cenário do Exterminador do Futuro?
Isto é concebível, embora não seja uma razão para se dar as costas à robótica. A guerra mundial termonuclear, que saiu da moda, e algumas formas de guerra biológica são muito mais simples, mais prováveis, e provavelmente mais letais do que o cenário do exterminador do futuro.
No seu último romance, Rainbows End, a trama se passa em 2025, quando a Humanidade usa computadores vestíveis e está imersa na realidade virtual, cercada por sensores onipresentes. Este cenário é plausível?
É o cenário (não-catastrófico) mais plausível para 2025 que se possa imaginar.
E não é assustador, algo que você define com “a grande conspiração contra a liberdade humana”?
Antes do computador pessoal, a maioria das pessoas acreditava que os computadores fossem o grande inimigo da liberdade. Quando surgiu o PC, muitas pessoas perceberam que milhões de computadores nas mãos dos cidadãos eram uma defesa contra a tirania. Agora, no novo milênio, vemos como os governos podem usar as redes para um monitoramento onipresente, e isto é assustador. Mas uma das idéias que procuro passar no meu livro é a possibilidade de que o abuso governamental se torne irrelevante.
Na medida em que a tecnologia ganha importância, os governos precisam fornecer a ilusão da liberdade para os milhões de pessoas que precisam se manter felizes e criativas para manter a economia nos trilhos. Tudo somado, estas pessoas possuem maior diversidade e recursos (e até mesmo melhor coordenação) do que qualquer governo. Os bancos de dados on-line, as redes de computadores e as redes sociais fornecem a esta tendência um enorme impulso. No final, a “ilusão da liberdade” pode ser mais real do que em qualquer outro momento da história. Com a internet, o povo pode atingir uma nova forma de populismo, potencializado por um conhecimento absolutamente profundo e abrangente.